quarta-feira, 12 de agosto de 2015

CASO GLEYDSOM ""DEPOIS DE UMA GRANDE REPERCUSSÃO UM SILÊNCIO MORTAL POR PARTE DA POLICIA""

O delegado responsável pelo caso, Herbert Ponte e Silva, frente a frente com o 180O delegado responsável pelo caso, Herbert Ponte e Silva, frente a frente com o 180


O CRIME JÁ FOI ELUCIDADO? JÁ.

Não entendi;
Quem são os pistoleiros?
Onde estão?
Quem é ou são os mandantes?

180: Como é que estão as investigações?
Herbert Ponte e Silva: Na minha opinião estão muito boas, porque o crime já foi elucidado... então, eu acho que estão no caminho certo.
180: O crime já foi elucidado?
Herbert Ponte e Silva: Já.
180: Então, quem foram os mandantes?
Herbert Ponte e Silva: Se você me perguntar quem que atirou, aí eu lhe digo. Os mandantes é uma coisa que está sendo elucidada ainda.
180: Aquelas duas pessoas que foram presas, qual a participação no crime que ocorreu?
Herbert Ponte e Silva: Eles estavam juntos, porque eles foram contratados para matar o cara. Então eles conseguiram alugar uma casa, lá na Serrota, distrito de Senador Sá (...), fizeram o levantamento do local do crime. E eles dois que foram presos ficaram lá, montando a casa, ajeitando, dizendo que iriam montar um comércio, um distrito deste tamanho, um povoadozinho (...). Depois foram em uma pousada em frente à rádio, quase em frente à rádio. Aí, lá eles se hospedaram, o pistoleiro, que é o ‘Baixinho’, com a mulher, e um enteado com a mulher dele também. Ficaram lá hospedados, fizeram o levantamento (...). Vieram os quatro, dois casais se hospedaram.
180: Então está faltando prender um casal?
Herbert Ponte e Silva: Tem dois soltos, que fugiram, e tem um casal preso, não é isso?
180: Isso.
Herbert Ponte e Silva: Então falta ir preso esses dois e mais uma mulher. Mas essa mulher (...), eu ainda estou levantando quem é, e nós vamos pedir a prisão dela, porque ela não apareceu até o momento, só tem assim o primeiro nome, mas não tem ainda mandado [de prisão], não tem nada.
180: Então existiam esses cinco, tinha essa casa no distrito...
Herbert Ponte e Silva [interrompendo]: Só tinha quatro [na casa invadida]. Só tinha quatro. Uma mulher não estava no local.
180: Então eram dois pistoleiros?
Herbert Ponte e Silva: Dois pistoleiros. Um sobrinho de um pistoleiro e uma mulher.
180: Quando vieram para pousada, vieram em quantos?
Herbert Ponte e Silva: Quatro.
180: Vieram os quatro, e abandonaram lá o local?
Herbert Ponte e Silva: Duas mulheres e dois homens. Que são dois pistoleiros e duas mulheres.
180: E o sobrinho ficou lá?
Herbert Ponte e Silva: Ficou lá aguardando.
180: E eles ficaram quanto tempo aqui [na pousada]?
Herbert Ponte e Silva: Segundo ela [mulher presa], dois dias. (...) Passaram um dia todinho, fizeram o levantamento do local... iriam cometer o crime. No outro dia foram embora.
180: O senhor tem ideia de onde estariam esses que estão soltos, ou de quanto tempo leva para prendê-los?
Herbert Ponte e Silva: Era para ter sido, não sei porque não foi. Porque eu deixei os caras sem calção, no meio do mato, sem dinheiro, sem transporte e sem água.
180: Eles fugiram sem calção no dia em que fizeram o cerco lá na casa?
Herbert Ponte e Silva: É.
180: O senhor participou da operação no dia?
Herbert Ponte e Silva: Estava.
180: Em dinheiro foi apreendido quanto?
Herbert Ponte e Silva: Foi R$ 1.800,00 em dinheiro.
180: E os depoimentos desses que foram presos?
Herbert Ponte e Silva: É aquela coisa, né? Não querem dizer muita coisa. Estão assim se segurando. Não querem se comprometer.
180: Nenhum dos dois quer se comprometer.
Herbert Ponte e Silva: Mas confirma que estavam lá com os dois [pistoleiros].
180: O governador, de alguma forma, concedeu estrutura policial, ligou para o senhor, disse algo [em termo de orientação]?
Herbert Ponte e Silva: O delegado geral ligou para mim, porque até então, houve o crime, (...) quando quiseram mandar alguma coisa para cá eu já tinha prendido. O crime ocorreu meio dia e meia quando foi 11 horas da noite, os caras já estavam presos, né? Então não teve nem tempo de mandar nada para cá, porque já estava tudo elucidado.
180: E quanto aos outros dois [que têm mandados de prisão], tem homens em campo para prendê-los?
Herbert Ponte e Silva: Tem.
180: Esse trabalho [o ato da prisão] foi em conjunto com a Polícia Militar ou foi só Civil?
Herbert Ponte e Silva: Só Civil.
180: Não quiseram envolvimento com a Militar? [O distrito onde foram presos dos acusados de envolvimento fica a mais de 80km de Camocim, tempo suficiente para comunicação].
Herbert Ponte e Silva: Não, que não houve nem tempo. A investigação é nossa e a gente fez a abordagem, estamos fazendo o inquérito policial e os policiais ainda estão no campo para ver se prendem os caras que fugiram.
180: Agora delegado, a população da cidade critica a operação pelo fato deles terem fugido, o senhor não acha que houve alguma falha?
Herbert Ponte e Silva: Nenhuma. Qual foi a falha? Dois fugiram. Mas eu descobri o crime. Qual foi a falha? Se eu não prendo? Se eu demoro? Ia fugir todo mundo, e aí, tu ia achar o quê? O que que ia ficar para tu pegar? Nada. (...) Não ia ter nada se tu não age com rapidez. Então a gente tinha que agir rápido, porque a história que a gente tinha é que os caras iriam chegar lá e em seguida, de madrugadinha, iriam fugir. Então não tinha para onde correr. Em minha opinião, o importante é você elucidar o crime, agora se alguém acha que não?
O MANDANTE
180: Tem político envolvido, da região?
Herbert Ponte e Silva: Está se investigando. Agora que a coisa vai andar. (...) Porque na minha opinião, o importante é você elucidar, agora estão achando que a operação foi que foi falha, então aí é problema de ótica, de visão, de entendimento da situação. Porque para mim o importante é você descobrir o crime. Pelo menos a função da Polícia Civil é essa.
Um outro agente na delegacia que chegou, abriu a porta e ficou ouvindo a conversa: Um [crime] com 24 horas ser descoberto o mandante...
Herbert Ponte e Silva: 11 horas.
180: Não, mas aí foi descoberto o grupo em si, [já] o mandante ainda não se tem.
Agente: É porque não pode ser divulgado...
Herbert Ponte e Silva: O mandante... eu não vou chegar... não vou dizer isso, aquilo outro, eu estou investigando ainda, e com certeza eu vou chegar lá.
180: Então isso [a não divulgação] é para não atrapalhar as investigações?
Herbert Ponte e Silva: O cara bota no blog, o que está acontecendo tudo. Acessa o Blog 24 horas que tu vê o que aconteceu.
SOBRE AS APREENSÕES NA RESIDÊNCIA
180: Foram duas armas?
Agente: Eram duas armas. Dois 38.
180: Eram novas, as armas?
Herbert Ponte e Silva: Usadas, as armas.
180: (...) O que está sendo feito mais pela polícia?
Herbert Ponte e Silva: A primeira parte nós fizemos. Elucidar o crime, quem matou. E agora nós vamos partir para a segunda fase, com relação a quem mandou [matar], contratou os caras.
180: (...) Há políticos envolvidos, há suspeita de envolvimento de político?
Herbert Ponte e Silva: Não posso dizer não. Não posso, porque estou começando aqui. Dizer uma coisa para depois lá na frente está desdizendo. Mas a Polícia Militar pode lhe dizer.
180: Eles estão investigando também?
Herbert Ponte e Silva: Na certa, né? Não estão as notícias nos blogs todos? É complicado. Quem investiga é a Polícia Civil. Aí fica complicada a coisa.
180: O certo é que o governador já viu que o senhor tinha agido então, [não mandou reforços]...
Herbert Ponte e Silva: Funciona tudo devagarinho, mas...
180: Mas ele não chegou a mandar homens para cá?
Herbert Ponte e Silva: Não.
180: Não mandou ninguém de fora, ou ligado à Polícia Civil de Fortaleza para cá?
Herbert Ponte e Silva: Não, não. A gente está aqui investigando. A gente chega lá. Não chegamos nos caras, por que não chegamos no mandante, não é? Agora tem que ir de devagar com o andor, que o santo é de barro, não é?
PRISÃO DE "UM CARA IMPORTANTÍSSIMO"
180: A mulher da vítima, o senhor chegou a ouvir?
Herbert Ponte e Silva: Não. Ela veio, mas não tinha condição de falar. Nervosa. Mas ela não tinha muito o que dizer. Só fazia chorar.
180: Mas o senhor acredita que termina [esse inquérito] com trinta dias?
Herbert Ponte e Silva: Eu acredito que sim, trinta dias (...).
180: Já com o mandante?
Herbert Ponte e Silva: A coisa está andando, andando rápido. É que a gente não pode estar falando mais do que o necessário. (...) Hoje era para eu estar com um cara preso. Um cara importantíssimo dentro do negócio. E não estou.
180: Além dos dois pistoleiros?
Herbert Ponte e Silva: É. Mas ai atrapalharam [supostas divulgações em blogs]. Espantaram o cara. (...) Era para eu estar com um cara preso hoje, que era para eu resolver um bocado de coisa, mas aí me atrapalharam.
180: O governo em si, está acompanhando isso? Pergunto porque está tendo uma pressão muito grande da imprensa...
Herbert Ponte e Silva: Está acompanhando. O delegado-geral. O meu diretor. Está em contato direto. Explico o que que eu vou fazer, como é que vou fazer.
180: O senhor tem hoje quantos homens trabalhando na solução deste crime?
Herbert Ponte e Silva: Ah, estou com a delegacia todinha trabalhando [neste caso].
180: Aqui [na delegacia] são quantos agentes?
Herbert Ponte e Silva: São 10 policiais e inspetores. Duas viaturas boas.
180: O senhor acredita que esse pessoal ainda está aqui [na região]?
Herbert Ponte e Silva: Rapaz, eles entraram dentro do mato lá, eu acredito que eles ainda estão na área.
Repórter: Rômulo Rocha - Enviado a Camocim
Publicado Por: Rômulo Rocha

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. do jeito que a atual polícia militar (e outros fardados de alto escalão) é corrupta não ha dúvidas de que possivelmente tiveram participação. outra coisa é perguntar: por que o radialista fazia polemica, qual o interesse dele em atacar via radio algumas personalidades?

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