domingo, 19 de janeiro de 2014

DEU NO FANTÁSTICO

O programa Fantástico, da TV Globo, revelou na noite deste domingo que o prefeito de Coari (AM), Adail Pinheiro (PRP), chefiaria um esquema de pedofilia envolvendo meninas de nove a 15 anos.
De acordo com a reportagem, o caso acabou de chegar ao Ministério Público do Amazonas, que informou estar coletando materiais para que possa propor uma ação penal contra o prefeito.
Depoimentos de mulheres e adolescentes que teriam sido molestadas por Pinheiro foram divulgados pelo Fantástico. Em um deles, uma mulher de 18 anos, que não quis se identificar, desabafou:
— Ele me levou para o quarto e me estuprou. Eu tinha 10 anos na época. Tem de parar esse cara. Ele é terrível, é um doente. Ele é um monstro.A denúncia mais recente contra o prefeito chegou ao Conselho Tutelar no fim do ano passado. Uma menina de 13 anos contou que havia sido obrigado pela mãe a ter relações íntimas com Pinheiro, em troca de dinheiro.
No depoimento da menina, que foi gravado em vídeo pelo Conselho Tutelar, a garota conta que ainda recebeu a oferta de ganhar R$ 2 mil para cada amiga que levasse para o prefeito, contanto que seja virgem.Coari é a segunda cidade com maior arrecadação e a segunda com maior PIB no Amazonas, principalmente por sediar uma empresa de petróleo, informou o Fantástico. Pinheiro já foi eleito três vezes prefeito de Coari.A reportagem revelou, ainda, que o gestor já foi preso uma vez, mas solto pouco tempo depois. Ele também chegou a prestar depoimento como suspeito em uma CPI do Congresso sobre exploração sexual de crianças e adolescentes.
Conforme o Fantástico, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) irá a Manaus para analisar processos de exploração sexual, incluindo as denúncias contra o prefeito. Os conselheiros querem saber por que, apesar dos vários processos em tramitação, ninguém foi punido.Há, ainda, reclamações sobre a demora na apreciação das ações pela Justiça. Diante disso, segundo a reportagem, o CNJ prometeu responsabilizar juízes caso seja comprovada negligência. O Tribunal de Justiça do Amazonas negou que haja juízes protegendo o prefeito.

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