segunda-feira, 4 de agosto de 2014

CRÔNICA ELEITORAL

É triste a realidade das campanhas eleitorais de certos chefes políticos, cabos eleitorais e candidatos.
Tenho acompanhado em certas cidades campanhas onde comparo como uma pessoa que vai vender um carro.
Primeiro ele avalia o automóvel (curral eleitoral) em R$150.000,00 gasta R$ 30.000,00 dando uma guaribada, "coloca pneus novos, dá uma pintura, bateria nova, coloca acessórios etc" (junta gente, faz uma passeata, trás inúmeras pessoas de outras cidades para fazer volume, organiza churrasco com bebidas diversas entre outros), chama os compradores (candidatos) para uma avaliação e vende o automóvel por R$ 300.000,00 (eleitores).
É uma coisa triste de se ver.
Mas esta realidade está mudando aos poucos, nossa população está mais esclarecida, votando para seus representantes em quem realmente tem compromissos com a plena cidadania, deixando uma parte dos aventureiros a ver navios.
Pesquise a vida dos candidatos, vejam se tem serviços prestados, se mostram a cara não somente em época de eleições e escolha com responsabilidade, pois o desenvolvimento do país e de sua cidade depende do seu voto e em consequência o futuro de seus filhos e netos.

Um comentário:

  1. Olá Orlando,

    Valorizo muito o debate político. Essa crônica eleitoral do Blog Uruoca de Prima poderá ser um espaço em que os leitores opinem e reflitam sobre a política. Acho que é relevante você abrir esse questionamento.

    É muito comum o descrédito com os representantes eleitos. Parte disso se deve ao modelo das campanhas eleitorais. A compra de voto, o clientelismo, o personalismo, o favorecimento aos amigos, a perseguição a quem pensa diferente, a fraude, a corrupção, o apoderamento indevido dos bens públicos, de certa forma “naturalizou-se” mais não deixa de trazer, para uma parte significativa da população, a repulsa com quem exerce cargo. Até porque é muito comum ver dessas pessoas públicas ações que combinam com a frase, “faça o que eu digo mais não faça o que eu faço”. São muitos os motivos para não se gostar de política. Compactuar com essas práticas é tão grave quanto o eleitor que vende o voto. A coerência e o exemplo deve ser o princípio de quem é político e quer realmente mudanças.

    No entanto, penso que as coisas não estão melhorando. Até acho que tem piorado justamente porque voto virou mercadoria. É necessário uma compreensão de que o período eleitoral é parte importante da política mais não é a única. Política deve ser o exercício cotidiano da cidadania. Não há como fazer mudanças no mundo ou em nossas vidas sem a nossa participação. Não é possível conjugar política no singular. É uma prática que só tem sentido no coletivo.

    O melhor amigo do povo é o povo organizado para lutar por seus direitos. É preciso consciência, organização e luta para mudar e a história nos convoca para essa tarefa. Comecemos por nós a mudança que queremos para o mundo.

    Moésio Mota.

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