O
ministro Joaquim Barbosa, de 58 anos, deverá ser confirmado hoje (10) o novo
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Antes do início do julgamento da
Ação Penal 470, o processo do mensalão, os 11 ministros da Corte Suprema
votarão em sessão secreta para a escolha do novo presidente que assume em
novembro. A sucessão no comando da Corte Suprema segue a ordem da antiguidade –
a partir dos mais antigos até os mais novos.
O
novo presidente, que cumpre dois anos de mandato, é eleito por meio de um
sistema de rodízio entre os integrantes da instituição, permitindo a
alternância do poder. Atual relator da Ação Penal 470, Barbosa terá como
vice-presidente o revisor do processo do mensalão, Ricardo Lewandowski.
A
posse de Barbosa só ocorrerá em novembro, quando, no dia 18, o atual presidente
do STF, Carlos Ayres Britto, se aposenta compulsoriamente por completar 70
anos. Mas ainda não há a data precisa para a cerimônia de posse do novo
presidente da Corte Suprema.
Confirmado
o nome de Barbosa, ele será, segundo a Fundação Palmares, o primeiro presidente
negro da Corte Suprema. Indicado para a instituição em 2003 pelo então
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barbosa tem uma trajetória de vida que
demonstra esforços pessoais e determinação.
Filho
de dona de casa e pedreiro, nascido em Paracatu (Minas Gerais), ele ajudou o
pai, foi oficial de chancelaria, professor universitário e procurador do
Ministério Público Federal.
Jamais
deixou de estudar. Fez doutorado na França e mestrado na Universidade de
Brasília (UnB). É fluente em francês, inglês, alemão e italiano. Ao ser
sorteado relator do processo do mensalão passou a chamar a atenção do público
por sua postura determinada e destemida. Em geral, participa das sessões na
Corte Suprema em pé e movimentando-se. Barbosa sofre com inflamações na coluna
e nos últimos anos passou a licenciar-se com frequência. Via DN.
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