Após 124 anos, o 15 de novembro volta a sacudir a política brasileira. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, não escolheu no calendário o dia da Proclamação da República para assinar a ordem de prisão para os políticos condenados no processo do mensalão. Mas não deixou passar a chance de aproveitar a data histórica para fechar o processo que enviou para a prisão alguns dos principais líderes do PT, como o ex-ministro José Dirceu, o deputado José Genoino (SP) e o ex-tesoureiro Delúbio Soares, entre outros condenados.
Segundo um interlocutor de Barbosa, "ele gostaria de ter terminado tudo ainda na sexta-feira". Ele lembrou que o presidente do Supremo sempre destaca que nada faz além de cumprir a rotina de um juiz, mas admitiu que era inegável o simbolismo da assinatura das ordens de prisão de políticos pesos-pesados no feriado da Proclamação da República.
A ordem de prisão não encerra completamente o processo do mensalão, mas liquida sua parte mais visível - políticos na cadeia. O estouro do escândalo em 2005 abalou o PT, mas poucos apostavam que poderia levar à prisão seus líderes e os de outros partidos.
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