segunda-feira, 3 de setembro de 2012

* IPU DE VOLTA ÀS PÁGINAS DE JORNAIS - CORRUPÇÃO NO IPU VIRA DRAMA


Corrupção no Ipu vira drama
As belezas, o clima, o turismo e as águas da Serra Grande, deságuam na Bica do Ipu, na zona norte do Ceará. Quer dizer: desaguavam. A forma simples de contar sua história, mostra um povo angustiado com a administração municipal, um desastre tão grande que fez até a bica secar, dizem lá.
Chico Diogo, senhorzinho morador de Ingazeira, distrito do Ipu, sorri quando a reportagem pergunta onde fica a escola que o Governo mandou construir na região. – O senhor dobra as direita e logo adiante o senhor vê. Na verdade, o que se vê ao chegar é uma construção inacabada, sendo destruída pelo tempo e pelo abandono, e que custaria perto de R$ 900 mil. Seriam seis salas de aulas e demais equipamentos. Obra iniciada, em 2010, foi abandonada quando o dinheiro sumiu. De pouco adiantaram as denúncias ao TCU, TCM e demais órgãos fiscalizadores. O dinheiro havia sumido e os 180 dias de prazo para sua conclusão, a contar do dia 17 de março de 2010, data na placa para início da construção, está lá até hoje, como a desafiar as autoridades e fiscais. O mato tomando conta, as pessoas levando tijolos pra construir seus puxadinhos.

Fátima Cara Suja faz o mesmo ar de deboche quando se pergunta onde fica a creche que o governo, também, mandou dinheiro para a Prefeitura licitar e construir. Com o queixo aponta para o muro na frente da sua casa; é isso aí. Na verdade, a placa do Governo Federal aponta que ali seria uma unidade do Pró-Infância com obras iniciadas em 25 de fevereiro de 2010, 240 dias para ser concluída e abandonada pelo mesmo motivo da escola da Ingazeira: A creche do bairro da Mina empacou porque o dinheiro sumiu todinho e o mato também tomou conta do que seria um benefício para crianças pobres de Ipu.
Bonita e imponente, a velha estação da Rede de Viação Cearense, a ferrovia que passava pelo Ipu, recebeu uma verba superior de R$ 600 mil para ser restaurada. Uma pintura com tinta d’água, uma cobertura com telhas de zinco, descaracterizando o vetusto imóvel, teve dois terços do dinheiro desviado, apesar das notas fiscais que, analisadas, mostram que é impossível ter sido gasto ali a quantia enviada pelo Governo Federal para assegurar a história do monumento e guardar a memória do passado ipuense.
Fonte;Ipu Tribuna Livre

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