O vice-prefeito do município de Presidente Kennedy, Edson Rocha
Nogueira, assumiu o comando da prefeitura no início da manhã desta
sexta-feira (20), após o prefeito Reginaldo dos Santos Quinta ter
sido preso durante uma operação da Polícia Federal (PF) nesta
quinta-feira. Desde então, a administração municipal estava sem comando.
Em outubro de 2011, após investigações feitas pelos vereadores de
Presidente Kennedy, o vice-prefeito Edson Rocha Nogueira (PSD) foi
afastado, por sete votos a dois, por não residir no município desde
março de 2009 e continuar recebendo o salário de R$ 7 mil. Em fevereiro,
os desembargadores da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado
(TJES) mantiveram a decisão de primeiro grau que suspendeu o afastamento
de Nogueira.
Moradores do município realizaram, na manhã desta sexta-feira, um
protesto em favor do prefeito preso e contra a prisão realizada pela
Polícia Federal. Reginaldo dos Santos Quinta é acusado pelo Ministério
Público Estadual (MPES) de ser o chefe de uma quadrilha responsável por
fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de verbas, além de
pagamentos indevidos em contratos de serviços e compra de materiais no
município.
Pedido de Força Tarefa
O
presidente do Tribunal de Justiça, Pedro Valls Feu Rosa, solicitou ao
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, nesta quinta-feira (19) o
envio de força tarefa ao Espírito Santo para auxiliar nas investigações
da fraude no município de Presidente Kennedy, no sul do Estado. O
esquema foi deflagrado pela Polícia durante operação "Lee Oswald” e que
levou para a cadeia 28 pessoas suspeitas de envolvimento no crime,
entre elas o prefeito da cidade, Reginaldo Quinta.
De acordo com o Tribunal de Justiça, o pedido de ajuda federal deve ser
analisado e ainda não há prazo de quando o magistrado terá uma resposta
sobre o ofício. Ainda não dá para saber ainda de que forma a força
tarefa auxiliaria nas investigação.
Em suas justificativas para pedir ajuda federal, o desembargador Pedro
Valls alega que oteor das denúncias do inquérito demonstra a
caracterização decrime de “quadrilha ou bando”, e até mesmo de uma
organização criminosa com atuação diversificada e ramificada em diversos
municípios do Espírito Santo, além de outros Estados da Federação.
Fonte;Folha Vitoria
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